Plaquete, em papel Avena 80g/m², 60 páginas
Tiragem: 50 exemplares
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“O poeta repousará durante sete séculos”, antologia poética de Deolindo Tavares organizada por Ayrton Alves Badriah e Hugo Vieira .
Deolindo Tavares (1918-1942) foi um poeta recifense falecido precocemente, aos 23 anos de idade.
Tendo feito parte de um grupo extraoficial (e ainda pouco comentado) que reunia alguns dos poetas que frequentavam a Faculdade de Direito do Recife e o café Lafayette nos anos 1930 e 1940 e que tinha como diretriz estética as imagens vertiginosas de Rimbaud e certo alinhamento com o Surrealismo, Deolindo escreveu inúmeros poemas visionários, que apresentam um forte apelo visual e lúdico, para além do tom melodramático e não raro trágico, proveniente, certamente, de uma subjetividade que conviveu com os horrores da Segunda Guerra Mundial.
Para além da participação nesse grupo, que também exerceu influência nas obras de Lêdo Ivo e do primeiro João Cabral de Melo Neto – ambos foram amigos de Deolindo –, cabe ainda apontar a influência da poesia de Murilo Mendes e de Jorge de Lima (do qual foi secretário), pioneiros no diálogo da poesia brasileira com o Surrealismo, nos escritos do jovem pernambucano.
Deolindo não chegou a publicar livros em vida, dele surgiram 3 edições póstumas de uma poesia reunida que pretenderam coligir tudo o que o autor havia escrito em sua breve vida (todas raríssimas de serem encontradas). Dessas edições, a mais criteriosa é “Poesias” (1955), organizada por Fausto Cunha, na qual nossa antologia se baseou.
Por seu trabalho imagético e lúdico, e por sua rebeldia, os 31 poemas de Deolindo Tavares presentes nessa antologia serão uma grata surpresa para aqueles leitores curiosos que gostam de se aventurar pelas caixas caídas do caminhão da historiografia literária.
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